"Nada se cria tudo se copia..."
A excentricidade em se vestir e as músicas dançantes de Lady Gaga chamaram a atenção de todos em 2009. A cantora teve uma ascenção meteórica, de desconhecida em 2008, virou mania mundial em menos de um ano. Singles de sucessos – “Just Dance” e “Poker Face” – e uma divertida participação no “Saturday Night Live” ao lado de Madonna. Que em entrevista disse que “se via em Lady Gaga”, claro da mesma forma que a “material girl” se referiu a Britney Spears num especial da MTV anos atrás. Todos sabem o que Madonna quer ao se aproximar de Gaga, o mesmo que fez com Britney, Justin Timberlake e Timbaland: revitalizar sua carreira nos EUA. Abalada desde o lançamento, de “American Life” em 2003. Mas será que toda essa polêmica em torno da – boa – cantora revelação Lady Gaga é justificável? Ela é tão original assim?
O gênio Bowie
Muitos – inclusive Madonna – querem compará-la com a material girl. Mas, claramente, as “influências”, para não dizer objetos de cópia de Gaga são outros artistas. Quatro na verdade: David Bowie, Cher, Grace Jones e Cyndi Lauper, de Madonna ela tem apenas as declarações sobre sexualidade. O camaleão Bowie, um dos mais talentosos e criativos do mundo da música, já chocava o público nos 70 com o “personagem” Ziggy Stardust. São dessa fase grandes clássicos do rock como “Space Oddity“, “Changes”, “Starman” e “Ziggy Stardust”. As turnês teatrais e a reinvenção do conceito musical e de imagem inspiraram, inclusive, Madonna. Bowie foi um percursor.
Grace Jones e Cher super discretas
Cher sempre chama a atenção por onde passa, talentosa atriz de sucessos como “As Bruxas de Eastwick”, “Feitiço da Lua” – que lhe rendeu o Oscar em 1988 – e “Minha Mãe é uma Sereia”, é também cantora e sempre apareceu com um visual extravagante. O gosto pelo “bizarro” jeito de vestir é compartilhado por Grace Jones, outra artista que teve seu auge nos anos 80. Modelo, cantora e atriz, a carismática jamaicana de voz forte e sensual fez sucesso com a canção “Strange” da trilha sonora do longa “Busca Frenética” de Roman Polanski. Assim como Cher, Jones mantém o gosto pelo “diferente” até hoje.
As rivais dos anos 80
A cantora de clássicos como “Girls Just Wanna Have Fun“, “True Colors” e “Time After Time”, Cyndi Lauper hoje exibe um visual mais discreto. Porém, há mais de vinte anos ela mostrava diversão e ousadia no modo colorido de se vestir. Ótima cantora, Cyndi não conseguiu se manter no mercado mainstream musical, acabou perdendo a “batalha” para, novamente ela, Madonna. Mas continua lançando álbuns, e trouxe sua turnê ano passado para o Brasil, com sucesso.
Será que Lady Gaga é tão criativa assim? Tão “louca”? Não! Apesar de ser uma boa cantora, – “Brown Eyes” é uma bela canção e infelizmente pouco divulgada – ela passa longe de ser original. Ela é simplesmente: David Bowie + Cher + Grace Jones + Cyndi Lauper com uma pitada de Madonna. Veremos os próximos capítulos nos próximos anos, ou melhor, meses. Gaga relançará “The Fame”, agora “The Fame: Monster” em novembro. É esperar e ver o resultado.
Strange – Grace Jones
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